A altura de lançamento de um segundo álbum é sempre um momento muito esperado pelos críticos de musica. É a partir daí que, na maior parte dos casos, se conseguirá avaliar o futuro da banda.
Ainda com o efeito do hype bem prolongado já desde 2008, souberam ser inteligentes ao ponto de mudar um pouco a sua sonoridade. Assim, em Contra deixam de lado a produção mais orquestral do 1º álbum (denominado de "Vampire Weekend") e adoptam uma face mais electrónica. É possível fazer algumas associações com o álbum anterior, sendo as músicas que mais fazem lembrar esse álbum "Cousins" e "Holiday".
"Cousins" é o momento mais empolgante do álbum, com uma percussão viciante e desafiante, acompanhado dos "ai-ui" habituais de Ezra Koening (o vocalista da banda). África, como eles próprios já disseram, continua a ser o pano de fundo para Vampire Weekend que tão bem sabem trabalhar, é da África alegre que aparece a faixa mais bem conseguida dos Vampire Weekend até à data - "White Sky". Pura magia aquela melodia, que roça a perfeição.
É um álbum muito coeso e alegre, e apesar de uma cantiga mais "apimbalhada" como "California English" a constância do álbum é mantida até à balada final "I Think UR a Contra". Para quem estava à espera de os criticar de forma negativa, Contra foi um belo responso, e fez jus ao nome. Aconselho vivamente a ouvir.
Nota: 8/10
DC
Sem comentários:
Enviar um comentário