Welcome to our world, we are the wasted youth, but we are also the future...

sábado, 17 de julho de 2010

Marés Vivas Dia 16 de Julho




Dia 16 de Julho de 2010, os festival Marés Vivas já vai a meio, e uma noite de concertos espetaculares avizinha-se, A Silent Film, David Fonseca, Placebo e Peaches prometem dar uma noite inesquecível ao público do Norte. Desde já destaco um aspecto positivo na organização, consegui estacionar, comprar bilhete e entrar em cerca de 15 minutos, coisa que nunca pensei fazer num festival.
Mas passando aos concertos, por volta da hora marcada o grupo inglês, A Silent Film, entra em palco ainda com a plateia a meio gás, mas pronta para um bom concerto. Apesar de ser a quarta vez quem esta banda passa por Portugal no espaço de um ano, o público rende-se á sua actuação, notando-se ainda que são um bocado novos e que o seu repertório ainda não é muito conhecido por estas andanças. Com músicas como "Julie June", "Thirteen Times The Strength", "You Will Leave a Mark" e com uma vista sobre o por-do-sol fantástica (várias vezes referida pela banda) o quarteto dá um concerto agradável, óptimo para abrir a "noite" do festival.


Seguidamente, entra em palco o único artista português a actuar nesse dia no palco principal. David Fonseca, começa o concerto na sua cabine telefónica "inglesa" e com a gloriosa música dos Queen "I Want to Break Free". Começando um concerto já mais composto, tanto a nível cenográfico com a nível de público. Passando por músicas como "Kiss Me, Oh Kiss Me", "Stop 4 a Minute", "Someone That Cannot Love", "The 80's" e até um (dos vários) cover de "Sabotage" dos Beastie Boys.
Bem o concerto até que estava bem encaminhado, até que começou a "descambar" um bocado quando começa a entrar mais num ambiente de discoteca (nem eu percebi o propósito dessa parte), podia ter feito bem melhor, pois ainda tinha um bom "molho" de músicas que podia tocar e que iriam fazer o concerto bem melhor. Destaque negativo apenas para esta parte, porque de resto este Senhor da música portuguesa portou-se lindamente.


Bem, e chega o momento mais esperado da noite, o plateia enche ao seu máximo, são praticamente 24 mil pessoas para ver o mesmo, a banda londrina que depois de ter passado por momentos mais complicados, regressa no seu auge. Pois é, e parece que desta vez vieram cá para impressionar, com uma setlist muito "old school" e a banda completamente "fora de si", dão um concerto de arromba, com músicas como "Bionic", "Every You, Every me", "Special Needs", "Breathe Under Water", "Meds", "The Never Ending Why" e a fantástica "Song To Say Goodbye". Nota máxima para o vocalista, Brian Molko, que este muito dado ao público, e muito efusivo. Até a mim me deixou espantado.
Sim, valeu a pena ir ver estes senhores que com uma setlist sólida, a ajuda do público, e muita festa, e um concerto de quase duas horas, provaram mais uma vez o porque de terem tantos fãs em território lusitano.


Já é quase uma da manhã, no palco os técnicos preparam o material para a artista "desconhecida" da noite, na plateia nota-se o desvaste de público, enquanto esperava pelo concerto assistia a uma rapariga a dizer "Oh, não se vai embora, Peaches é muito porreiro", mas a verdade é que cada vez mais o público começava a desaparecer.
Até que entra em palco um vulto, idêntico ao Homem das Neves. Estava prestes a começar o concerto da noite no palco principal. Com a música "Mud", Merril Nisker prepara-se para cativar o povo do norte, poucos sabiam o que se ia passar alí na próxima hora e meia, mas bastaram quinze minutos de concerto e três músicas, para Peaches já andar num crowdsurfing infernal, e ter os poucos milhares de resistentes a seus pés. Com músicas como "Show Stopper", "Tombstone", "I Feel Cream" e muita sensualidade em palco, Peaches leva o concerto para outro patamar, conseguindo até andar sobre o público, tal como ela disse "Jesus walks on the water, Peaches walks on you!" e até champagne mandou para o público. Sempre provocadora, sempre com o tema principal "sexo" e a mudar constantemente de ornamentos/roupa, esta Senhora chega ao encore a conseguir meter metade da plateia em tronco nu com a música "Set It Off". Pois é, podia não ser o nome mais sonante no cartaz do dia, podia nem ser a que tinha mais fãs, mas que conseguiu meter a plateia toda a dançar, a gritar e a aplaúdi-la? conseguiu, e de certeza que saiu com muitos mais fãs que esperava.
Nota máxima da noite para ela que conseguiu fazer o quase impossível após um concerto tão bom como Placebo. Sim, ela foi "A Dona da Noite".


Foi um bom dia, num festival ainda pequeno, mas que a cada ano que passa cresce cada vez mais. Quanto á organização do festival penso que foi competente, pelo menos euu não tive nenhuma razão de queixa. Serviu para abrir o apetite para os festivais que se seguem.


DC

Sem comentários:

Enviar um comentário